Sexo é sempre um tema proibido no turismo e na verdade, em Portugal, ele não existe na teoria. O facto é que Portugal é o segundo país da Europa no ranking da procura de turismo sexual para o Brasil, a seguir ao Italianos que lideram. O interesse pelo Brasil, um país sem barreiras linguísticas, com um ambiente amistoso e propício, teve início há mais de uma década e meia, quando o Brasil foi eleito pelos Portugueses no seu destino de férias. Por esse facto, ficou tão popular que os Portugueses não tardaram a fazer investimentos por toda a região do Nordeste Brasileiro, na compra de casa própria e outros investimentos imobiliários. Se a tudo isto adicionarmos uma oferta sexual abundante, barata e sedenta de ser explorada, então tivemos a combinação perfeita para incrementar o fenómeno do turismo sexual. O Brasil proíbe hoje qualquer publicidade ousada na promoção do país mas vem tarde demais porque passaram demasiados anos em que o uso do corpo provocante da mulher brasileira foi usado como postal de visita. As imagens que são difundidas todos os anos do carnaval carioca, por exemplo, continuam a fazer sorrir maliciosamente milhões de telespectadores no mundo. Como diz o velho ditado se não queres ser lobo não lhe vistas a pele. Não será fácil ao Brasil inverter essa tendência de ser visto como uma potência mundial no turismo sexual. Politicamente não será correcto aceitar a importância económica que o turismo sexual provoca nestes países. O único a admitir essa valia é a Tailândia, onde mesmo sendo a prostituição ilegal as autoridades toleram a sua pratica. Este é um dos maiores destinos de turismo sexual da Ásia. A sua origem foi provocada pelas tropas americanas que fizeram da Tailândia o seu centro de entretenimento durante os mais de 15 anos da guerra do Vietname. O turismo sexual é o responsável por grande parte da economia Tailandesa gerando receitas de biliões de euros anuais. Hoje é considerado um mal necessário. Outros países seguem esta tendência e no globo encontramos grandes potências com uma economia paralela gerada pelo sexo. A China, a Rússia, os países da Europa de Leste são bons candidatos a figurarem no topo da lista de países de turismo sexual. De África assistimos a outro tipo de tendência – turismo sexual feminino. Mulheres de toda a Europa procuram em países como a Gâmbia, Quénia, Tanzânia e Moçambique sexo com jovens dispostos a trocar prazer por euros.

Encobertos na esfera do Turismo estes fenómenos ajudam as económicas dos países a crescer já que aumentam o fluxo de turistas e gerem trabalho aos variados quadrantes do turismo, saindo todos beneficiados. Hotéis, guias turísticos, taxistas, restaurantes, companhias aéreas, companhias de aluguer de carros, e outras dezenas de agentes turísticos ignoram os motivos que levam estes turistas aos seus países porque lhe garante o sustento e a prosperidade.